NEUROCIÊNCIAS
Envelhecimento
As pessoas estão a viver durante mais tempo. Em 2050, a população mundial com 60 anos ou mais deve atingir os 2 biliões e a esperança média de vida em Portugal já ultrapassa os 80 anos (Dados, Pordata).
A idade é o principal fator de risco para o défice cognitivo. Com o envelhecimento exponencial da população portuguesa é fundamental que haja um diagnóstico precoce (1,2).
Embora algumas das diferenças na saúde dos idosos sejam genéticas, muito se deve ao ambiente físico e social em que vivem. Os ambientes têm uma influência importante no desenvolvimento e manutenção de comportamentos saudáveis. Manter comportamentos saudáveis ao longo da vida, particularmente manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regular e evitar o uso do tabaco, contribui para reduzir o risco de doenças não transmissíveis e melhorar a capacidade física e mental.
“A existência de fatores de risco potencialmente modificáveis significa que a prevenção da demência é possível através de uma abordagem de saúde pública, que inclua a implementação de intervenções-chave que atrasem ou retardem o défice cognitivo ou a demência.” (ref: 1- OMS, 2019).
(https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health)
Saúde mental em idosos
· Globalmente, a população está a envelhecer rapidamente. Entre 2015 e 2050, a proporção da população mundial com mais de 60 anos quase duplicará, passando de 12% para 22%.
· A saúde mental e o bem-estar são tão importantes na velhice como em qualquer outra fase da vida.
· As perturbações mentais e neurológicas entre os adultos mais velhos representam 6,6% do total de incapacidade (DALYs) para essa faixa etária.
· Aproximadamente 15% dos adultos com 60 anos ou mais sofrem de perturbação mental.
(https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-of-older-adults)
À medida que a pessoa envelhece, ocorrem mudanças em todas as partes do corpo, incluindo o cérebro. Algumas regiões do Sistema Nervoso Central sofrem perdas significativas de neurónios, hipocampo. Há igualmente perda de dendrites e diminuição do número de sinapses não só por apoptose mas também por inflamação.
Alguns processos inflamatórios - fatores cardiometabólicos e processos inflamatórios sistémicos - podem contribuir para o declínio da saúde cerebral associada à idade. As alterações vasculares são outro fator fundamental no envelhecimento cerebral, pois as alterações nas paredes arteriais reduzem o fluxo de sangue para os órgãos em geral e para o cérebro em particular.
A atrofia cerebral é o termo usado para descrever a perda de tecido cerebral que ocorre em todas as pessoas como parte natural do processo de envelhecimento, podendo atingir uma redução de mais de 10% do seu peso desde que se alcança a idade adulta.
Todas estas mudanças no cérebro podem afetar a função mental, mesmo em idosos saudáveis.
Defeito Cognitivo Associado à Idade (DCAI)
Defeito na função cognitiva, identificado objetivamente, causado pelo processo normal de envelhecimento e que está dentro dos limites normais correspondentes à idade e grau de escolarização do indivíduo.
(Dicionário de Saúde Mental da Associação Americana de Psiquiatria (2013)).
Défice Cognitivo Ligeiro (DCL)
O Défice Cognitivo Ligeiro é uma condição médica geralmente definida como a perda das capacidades cognitivas (a capacidade de processar o pensamento) numa proporção maior do que é esperado para a idade da pessoa. Esta perda não interfere significativamente com a vida diária e não é grave o suficiente para justificar um diagnóstico de Demência. As pessoas com DCL, apesar de poderem ter uma dificuldade crescente nas atividades diárias, geralmente são capazes de funcionar de forma independente.
Os tipos de dificuldades vivenciadas por alguém com DCL variam de pessoa para pessoa. O DCL pode envolver problemas com a memória, linguagem, atenção, processamento de informações visuais e espaciais, funções do pensamento complexo ou problemas que resultem da combinação destas áreas. No DCL estes problemas são menos graves do que aqueles vividos por pessoas com Demência.
(https://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-31-17-defice-cognitivo-ligeiro)
Demência
A demência é um síndrome - geralmente de natureza crónica ou progressiva - na qual há deterioração da função cognitiva (ou seja, a capacidade de processar o pensamento) além do que se poderia esperar no envelhecimento normal. Na demência ocorre compromisso funcional, perda progressiva de autonomia ou seja, afeta a memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem, julgamento e a capacidade de realizar as atividades quotidianas. A consciência não é afetada. O comprometimento da função cognitiva é comummente acompanhado, e ocasionalmente precedido, por deterioração no controlo emocional, comportamento social ou motivação.
A demência resulta de uma variedade de doenças e lesões que afetam primária ou secundariamente o cérebro, como doença de Alzheimer ou AVC.
(https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-of-older-adults)
Os principais fatores de risco são:
Jovem (<45 anos)
• Menor grau de escolaridade
Meia idade (45–65 anos)
• Perda de audição
• TCE – traumatismo crânio encefálico
• Hipertensão
• Álcool (>21 unidades/semana)
• Obesidade (índice de massa corporal ≥30)
Idoso (>65 anos)
• Tabaco
• Depressão
• Isolamento social
• Inatividade física
• Diabetes
• Poluição
(Livingston, G.; Huntley, J.; Sommerlad, A.; Ames, D.; Ballard, C.; Banerjee, S.; Brayne, C.; Burns, A.; Cohen-Mansfield, J.; Cooper, C.; et al. Dementia prevention, intervention, and care: 2020 report of the Lancet Commission. Lancet 2020, 396, 413–446)
A saúde do cérebro refere-se a quão bem o cérebro de uma pessoa funciona em várias áreas.
• Saúde cognitiva - pensa, aprende e lembra
• Função motora - executa e controla os movimentos, incluindo o equilíbrio
• Função emocional - interpreta e responde às emoções (agradáveis e desagradáveis)
• Função tátil - sente e responde às sensações de toque - incluindo pressão, dor e temperatura
A saúde do cérebro pode ser afetada por mudanças no cérebro relacionadas com a idade; com lesões tais como acidente vascular cerebral ou lesão cerebral traumática; perturbação de humor como depressão; uso de substâncias ou vício; e doenças como a doença de Alzheimer.
Embora alguns fatores que afetam a saúde do cérebro não possam ser alterados, há muitas mudanças no estilo de vida que podem fazer a diferença.
https://www.nia.nih.gov/health/cognitive-health-and-older-adults
Como prevenir?
Atualmente ainda não existe nenhuma intervenção médica que possa prevenir a doença de Alzheimer, pensa-se porém que um efeito protetor possa advir da melhoria dos estilos de vida, entre os quais se encontra a alimentação.
Um dos fatores com importância evidente para a saúde dos neurónios é o fornecimento de nutrientes necessários à manutenção do normal funcionamento do cérebro.
Diferentes tipos de estudos epidemiológicos têm permitido acumular informação sobre os efeitos positivos dos ácidos gordos ómega 3 e micronutrientes como as vitaminas do complexo B, sobre os neurónios, no processo de envelhecimento.
· Baixos níveis das vitaminas do complexo B, sobretudo ácido fólico e B12 aumentam consideravelmente o risco de doença de Alzheimer.
· O ácido fólico parece ter um papel benéfico, nomeadamente em relação a funções cognitivas como no “spatial copying", linguagem e velocidade de processamento de informação.
· A vitamina B12 pode afetar a função cognitiva mediante a redução do volume total do cérebro.
A homocisteína quando presente no tecido cerebral parece estar relacionada com a doença de Alzheimer. Em alguns estudos intervencionais, os níveis plasmáticos de homocisteína têm sido correlacionados com um risco aumentado de declínio cognitivo. Um fornecimento adequado de vitaminas que diminuem a homocisteína, tais como o ácido fólico e vitamina B12 parecem resultar numa diminuição do declínio cognitivo.
Os ácidos gordos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexanóico (DHA), também chamados ómega 3, podem afetar a função sináptica e as capacidades cognitivas. Têm uma importante ação anti-inflamatória e são os principais responsáveis pela diminuição da deposição lipídica nas artérias.
Os níveis de DHA vão diminuindo com a idade estando associados ao declínio cognitivo, especialmente em pessoas idosas e nos indivíduos com Alzheimer. O DHA tem um papel fundamental para a formação das membranas dos neurónios, para o desenvolvimento cerebral, na neurotransmissão, modulação dos canais iónicos e neuroproteção. Sendo assim a sua redução pode contribuir para a deterioração da memória e outras funções cognitivas.
https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/
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Recomendações
A capacidade de adaptação do cérebro permanece ao longo da vida. Nunca é demasiado cedo ou demasiado tarde para contrariar o impacto do envelhecimento e começar a exercitar o cérebro. Até mesmo pessoas muito idosas podem beneficiar cognitivamente através da estimulação mental e interação social.
EXERCÍCIO FÍSICO: MANTER-SE ATIVO
Incorporar a atividade física, especialmente aeróbica, no nosso dia-a-dia, mesmo que apenas 10 minutos de cada vez. Investigação recente indica que o exercício ajuda a manter e a melhorar a memória e o humor porque aumenta o fornecimento de sangue ao cérebro o que estimula a função dos neurónios. Há evidências que o exercício físico diminui o risco para as doenças de Alzheimer e de Parkinson. Fazer uma caminhada diária, andar de bicicleta ou nadar são sugestões para manter um estilo de vida ativo.
EXERCITAR A MENTE
Estimular a nossa mente com atividades e experiências inovadoras que desafiam o cérebro a ativam novas vias neurais; fazer exercícios mentais – puzzles, jogos, resolver problemas. Novas aprendizagens permitem novas ligações entre os neurónios e mantêm os produtos químicos do cérebro a fluir. Redes neuronais mais ricas ajudam a criar uma “reserva mental” para preservar a função cerebral ao longo do tempo. Explorar terrenos desconhecidos como por exemplo a aprendizagem de uma língua estrangeira ou de um instrumento musical parecem ser uma ajuda importante para manter o cérebro saudável.
SER SOCIAL
Interagir com outras pessoas e participar em atividades sociais. Ter uma rede social forte está relacionado com a saúde geral e longevidade. Interagir com as pessoas, na sua variedade e imprevisibilidade, é um ótimo exercício mental.
PERCEÇÃO DE AUTOESTIMA E AUTOEFICÁCIA
Investigações sugerem que a sensação de que a nossa vida tem um propósito e de que conseguimos fazer a diferença mantém as capacidades cognitivas. Para algumas pessoas, atividades espirituais ou religiosas, ou estudar filosofia podem ajudar a promover uma vida com sentido.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Ter uma alimentação equilibrada e reduzir fatores de risco cardiovasculares tais como a pressão arterial e o colesterol altos; o cérebro funciona melhor quando temos refeições equilibradas. Sem um equilíbrio de nutrientes o cérebro não funciona no seu pleno potencial. Podemos esquecer-nos das coisas, ficar excessivamente emocionais, irritados, com a língua presa, ou com a cabeça leve. Um cérebro e sistema nervoso saudáveis exigem muitos tipos diferentes de matérias-primas. Essas matérias-primas vêm de alimentos.
STRESS E SONO
Gerir o stress e encontrar formas saudáveis de lidar com períodos de maior tensão e dormir o número adequado de horas (cerca de 8h por dia) mantêm o cérebro bem alimentado e oxigenado; o sono não-REM, de ondas lentas, que geralmente ocorre no início da noite, é crucial para a aprendizagem.
Dossier Ciência em Cena - O Cérebro e as Doenças Neurodegerativas_2015_Gulbenkian Descobrir_Maratona da Saúde
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Referências:
1) Animação (alimentação) - legendas português
https://www.ted.com/talks/mia_nacamulli_how_the_food_you_eat_affects_your_brain/transcript?language=pt#t-142231
2) Animação (envelhecimento) - legendas português
https://www.ted.com/talks/monica_menesini_why_do_our_bodies_age#t-189463
3) Orador (Alzheimer, autora do livro "Still Alice" que deu origem ao filme "Alice") - legendas português
https://www.ted.com/talks/lisa_genova_what_you_can_do_to_prevent_alzheimer_s#t-101697