Impulsionado pelo coração, o sangue leva a todas as células do organismo substâncias essenciais à vida, nomeadamente oxigénio.

Entre os principais componentes do sangue estão os eritrócitos ou glóbulos vermelhos, “que mais não são do que pequenos "sacos” cheios de hemoglobina”, uma proteína complexa que se liga ao oxigénio do ar inspirado e o leva depois a todas as células do organismo.

Quando diminui o nº de glóbulos vermelhos ou a quantidade de hemoglobina neles presente, diminui a capacidade de transporte do oxigénio e surge um quadro de anemia.

A anemia é uma condição clínica resultante da diminuição do número de eritrócitos (glóbulos vermelhos) no sangue, ou do seu conteúdo de hemoglobina para valores inferiores aos considerados normais para a idade e sexo.

A anemia é um problema de saúde mundial que afeta tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou recentemente a sua preocupação crescente com a anemia pois estima-se que afete 2 biliões de pessoas em todo o mundo.

Existe uma prevalência da anemia em 20% da população portuguesa, ou seja 1 em cada 5 portugueses adultos sofre de anemia, este valor é superior ao previamente estimado para Portugal pela Organização Mundial de Saúde (15%).

Segundo um estudo realizado em Portugal, foi possível concluir que a anemia é mais prevalente no sexo feminino (devido ao ciclo menstrual e à gravidez) e as duas faixas etárias mais afetadas são adultos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos (22,8-30,5%) e a partir dos 75 anos (21%).

Com um número reduzido de glóbulos vermelhos, o oxigénio não chega na quantidade necessária a todos os órgãos do corpo. Sem oxigénio suficiente, os órgãos não podem funcionar normalmente. Na anemia, os glóbulos vermelhos deixam de ser capazes de distribuir o oxigénio ao organismo de forma eficaz, causando diversos sintomas.

A consequência mais importante da fisiopatologia da anemia é a diminuição do aporte de oxigénio aos tecidos.

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